Um ranger da madeira seca inicia a conversa com Ouzilhão, em Vinhais. As mascaras em madeira enchem as paredes da pequena sala com os seus olhares fabulosos e formas estranhas da tradição pagã. Atrás da bancada de carpinteiro o transmontano vai dando balanço com o pé torneando uma peca. Sempre a trabalhar. so levanta os olhos por segundos: «Foi desde miúdo toda a vida nisto» conta, «Chego a estar aqui ate a uma da manha. As mascaras tem de ser feitas ao lume com um ferro para as marcar e desenhar. É demorado: pega-se num bocado de carvalho ou de outra madeira boa que se escolhe já com uma forma parecida, e depois corta-se e vai-se dando a forma ate sair...».
No topo das mascaras, as figuras da raposa, do veado ou morcego «Se as mascaras fossem coladas não tinham valor, isto tem de ser de uma só peça esculpida na madeira. Olha de novo para cima, agora para as suas obras mais exóticas as que não vende, e mantém preparadas para a festa.
No topo das mascaras, as figuras da raposa, do veado ou morcego «Se as mascaras fossem coladas não tinham valor, isto tem de ser de uma só peça esculpida na madeira. Olha de novo para cima, agora para as suas obras mais exóticas as que não vende, e mantém preparadas para a festa.
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